Não sei se foi por sensibilidade política aguda, perspicácia ou acaso, mas Lula conseguiu polarizar o tema do Pré-Sal, com a oposição de uma maneira tão inteligente que acabou colocando o PSDB, o DEM e o PPS como algozes do desenvolvimento. A oposição está aturdida. Percebeu tardiamente que entrava numa barca furada e começou a recuar. Ontem, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), cobrou da oposição um posicionamento sobre o mérito dos projetos de marco regulatório para a exploração do Pré-Sal. Acuada, a oposição só fica tagarelando a mesma ladainha, a acusação de projeto eleitoreiro. A estratégia do Governo é refinada. Nem precisa achincalhar o PSDB: apresenta fatos, como a venda, feita por FHC, de 60% das ações da Petrobrás e sugere, no entrediscurso, que o pensamento neoliberal da direita nacional é rasteiro. Tão rasteiro que nem consegue balbuciar um debate.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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