Os bons momentos do artigo de Alon Feuewerker, “O limite de um modelo”, publicado no Correio Braziliense de hoje:
"Na superfície, o debate sucessório deverá contrapor a mudança à continuidade. Especialmente na economia. Para ser intelectualmente honesta (coisa improvável na política), a discussão deveria lançar luz sobre uma ruptura necessária: como elevar a taxa de poupança para garantir um crescimento sustentado (não confundir com crescimento sustentável) e diversificado?"
Ruptura “necessária” que, segundo Feuerwerker, Lula não fez:
"Lula desperdiçou a maior oportunidade de um presidente brasileiro, em todos os tempos, para desvalorizar a moeda sem impactar a inflação".
E isso para que? Para superar
"O modelo brasileiro clássico: por que o esforço individual, a poupança, a busca da inovação, a conquista de mercados, se tudo pode ser mais confortavelmente resolvido recorrendo à feliz combinação entre um Estado generoso, mão de obra barata e terras agricultáveis para, literalmente, dar e vender?"
Sendo, pois,
"curioso que na História do Brasil a esquerda esteja intelectual e socialmente associada ao “industrialismo” mas que no poder tenha se acomodado alegremente ao “agrarismo” clássico da direita".
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