Em quarto lugar, enfim, porque o Pará funcionou como um laboratório de políticas públicas equivocadas, tanto durante o regime militar como depois dele. Essas políticas públicas, com a (boa) intenção de incluir o estado na coerência produtiva da sociedade nacional brasileira, engendraram ou estimularam problemas que restam passivos a resolver, como as questões fundiária, ambiental e, também, o esgotamento do modelo convencional do processo produtivo. Atualmente é muito fácil atribuir essas situações à responsabilidade do governo estadual sem ter em mente que quase todas elas resultaram do autoritarismo do Governo Federal e de seus projetos de desenvolvimento, geralmente realizados à revelia da experiência concreta da sociedade local.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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