O modelo predador valoriza o grande capital como a única possibilidade de modernização de um território. É a seqüência lógica da primeira diferença entre os dois modelos, citada acima: tudo depende da determinação do grande capital, da vontade do grande capital. Isso gera uma grande inércia na sociedade, porque o Estado se coloca numa posição sempre passiva. O NMD pensa diferente. Pensa que a modernidade, ou seja, a capacidade de avançar a história, não funciona, unicamente, com o poder do grande capital. O NMD acredita que é possível uma modernização distributiva. O que é isso? É a indução de arranjos institucionais, é o emprego inteligente de pequenas parcelas de capital para estimular pequenas economias. NMD é não ficar à mercê do grande capital, é estimular as potencialidades locais, acreditando que elas também são agentes de modernização.
Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa. Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...
Comentários