Sim, necessariamente, porque se trata de uma disputa entre modelos de desenvolvimento. De um lado o modelo de desenvolvimento espoliador, presente desde o primeiro segundo da presença européia na Amazônia, um modelo perpetuado pelo estado brasileiro. De outro, um outro modelo de desenvolvimento, que acredita que um outro mundo é possível. Não é possível implementar, mesmo que parcialmente, esse outro modelo de desenvolvimento, se não for por meio de um projeto político de esquerda. Isso se deve ao fato de que as forças históricas que tradicionalmente governam a Amazônia são forças, como disse, espoliadoras, ou seja, interessadas exclusivamente no seu lucro, sem nenhum compromisso redistributivo, com a justiça social ou com a sustentablidade.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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