Julgo que é necessário que a esquerda produza, incessantemente, sua autocrítica. Sem negar a importância da ação política do Partido dos Trabalhadores, meu partido, penso que seria necessário avançar mais em certas conquistas sociais. Também penso que os rumos do PT, hoje em dia, tendem a reproduzir o modelo da social-democracia européia, e que esse não é o caminho ideal. Digo isso como exemplo e se o escrevo aqui é acreditando, sempre, que o debate de idéias é um debate de posições. Da mesma maneira, se utilizo o termo “esquerda” é para assinalar que devemos marcar posições, reconstruir territórios, advogar e administrar “heranças à esquerda” e não como mero passadismo. A esquerda sobre a qual falo é a do futuro mais que a do presente e, de jeito nenhum, a do passado. É uma esquerda a inventar.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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