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Política cultural em 2010



Análise concentrada, esta semana, para a PEC 416/2005, a Proposta de Emenda Constitucional que institui o Sistema Nacional de Cultura (SNC), e que define, dentre outras questões, o compartilhamento de orçamentos e a divisão de responsabilidades da gestão cultural entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A PEC está sendo analisada por uma Comissão Especial, instalada na Câmara dos Deputados, na semana do carnaval. Também está em análise na Câmara o Projeto de Lei 6.835/2006, que institui o Plano Nacional de Cultura e a PEC 150, que destina um percentual mínimo de verbas para a cultura. O debate sobre um orçamento decente e qualificado para a Cultura tem suas origens em recomendações da Organização das Nações Unidas, prevendo um piso mínimo de 1%, que foi ratificado pela Agenda 21 da Cultura para as Cidades, aprovada em 2004, em Barcelona, no Fórum Universal das Culturas e, de certa forma, reiterado pela Convenção da Unesco sobre a Promoção e Proteção da Diversidade das Expressões Culturais, aprovada em dezembro de 2005, em Paris. 

O orçamento do Governo Federal para o setor cultural, em 2010, é de 2,2 bilhões de reais. O maior da história do pais. A base do orçamento para a cultura, em 2010, está em duas rubricas: R$ 800 milhões para o Fundo Nacional de Cultura investir nas diversas linguagens  (Artes; Cidadania, Identidade e Diversidade Cultural; Memória e Patrimônio Cultural Brasileiros; Livro e Leitura etc.) e R$ 240 milhões para apoiar projetos dos governos estaduais.

Comentários

Anonymous disse…
Eu quero saber é quanto desses recursos virão para o Pará. Como todos sabem, nossa Secretaria de Cultura não capta recursos federais e não facilita o acesso dos produtores locais ao FNC. O que chega ao Pará fia MinC é por meio de grandes projetos federais, que chegariam com ou sem empenho da Secult, como no caso dos Pontos de Cultura. Na cultura a coisa tá muito ruim.
Anonymous disse…
Fábio, como avalias essa situação, apontada pelo anônimo de antes de mim?
Anonymous disse…
A propósito, a Secult não vai MESMO ajudar o Vavá da Matinha. Esse que é um dos grandes artistas populares do Pará está quase morrendo no Pronto Socorro da 14 de Março e a Secult não faz nada?! Aos 75 anos, pobre, sem plano de saúde, um grande artista merecia um pouco de atenção do governo!
Anonymous disse…
O problema é que a Secult, neste governo só fez política de balcão. é justificável, não? Mas e agora, o que ela vai fazer??? Vai continuar? Pelo visto...
Bom, acho que vcs assinalam problemas concretos, mas não tenho resposta sobre eles. Porém, gostaria de assinalar que a política cultural do governo Ana Júlia tem elementos positivos, como a construção coletiva de um plano de cultura, por meio de duas conferências e como a políticas de editais, que foi feita tb coletivamente e que é bem abrangente.

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