Sabe aquele situação que quanto mais você tenta concertar, mais você a piora? É o caso da Igreja Católica em relação ao crime de pedofilia. Não bastando o Papa ser culpado, sim, de minimizar e encobertar crimes de pedofilia, esconder informações e sabotar processos que envolviam a Igreja nesses crimes. Não bastando a atitude de silêncio - leia-se, de soberba - diante da pressão da sociedade por respostas claras, agora, a novidade, é que a Igreja Católica começou a tentar justificar a prática da pedofilia.
É o cúmulo, mas é verdade. O número 2 do Vaticano disse, num evento que está sendo realizado no Chile, que é a homossexualidade, e não o celibato, que os estudiosos associam à pedofilia.
As declarações polêmicas surgiram em resposta às críticas sobre a manutenção do celibato dos padres. "Muitos psicólogos e psiquiatras já demonstraram que não há relação entre celibato e pedofilia, mas disseram-me recentemente que muitos outros demonstraram que há relação entre homossexulidade e pedofilia", afirmou Tarcisio Bertone na abertura da 99ª assembléia plenária do episcopado chileno.
O movimento LGBT chileno acusando o adjunto do Papa de "mentir de forma descarada e desumana", uma vez que "pretende responsabilizar pessoas com uma orientação sexual diferente pelos brutais casos de pedofilia cometidos por sacerdotes, utilizando de forma imoral os homossexuais como bodes expiatórios".
Digamos a verdade: a Igreja Católica (como a grande maioria das Igrejas) tende a ser homofóbica e difunde o ódio contra a diversidade social.
A Igreja Católica ainda não aprendeu que quanto mais remexe nesse assunto sem ter coerente e até mesmo conseqüente, mais afunda em contradições, mais se revela, mais libera seus odores mais incômodos.
Veja o que o Hupomnemata diz sobre o tema:
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Lidiane Campos