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Igreja Católica diz que é homossexualidade que causa pedofilia


Sabe aquele situação que quanto mais você tenta concertar, mais você a piora? É o caso da Igreja Católica em relação ao crime de pedofilia. Não bastando o Papa ser culpado, sim, de minimizar e encobertar crimes de pedofilia, esconder informações e sabotar processos que envolviam a Igreja nesses crimes. Não bastando a atitude de silêncio - leia-se, de soberba - diante da pressão da sociedade por respostas claras, agora, a novidade, é que a Igreja Católica começou a tentar justificar a prática da pedofilia.

É o cúmulo, mas é verdade. O número 2 do Vaticano disse, num evento que está sendo realizado no Chile, que é a homossexualidade, e não o celibato, que os estudiosos associam à pedofilia. 

As declarações polêmicas surgiram em resposta às críticas sobre a manutenção do celibato dos padres. "Muitos psicólogos e psiquiatras já demonstraram que não há relação entre celibato e pedofilia, mas disseram-me recentemente que muitos outros demonstraram que há relação entre homossexulidade e pedofilia", afirmou Tarcisio Bertone na abertura da 99ª assembléia plenária do episcopado chileno.

O movimento LGBT chileno acusando o adjunto do Papa de "mentir de forma descarada e desumana", uma vez que "pretende responsabilizar pessoas com uma orientação sexual diferente pelos brutais casos de pedofilia cometidos por sacerdotes, utilizando de forma imoral os homossexuais como bodes expiatórios".


Digamos a verdade: a Igreja Católica (como a grande maioria das Igrejas) tende a ser homofóbica e difunde o ódio contra a diversidade social.

A Igreja Católica ainda não aprendeu que quanto mais remexe nesse assunto sem ter coerente e até mesmo conseqüente, mais afunda em contradições, mais se revela, mais libera seus odores mais incômodos.

Veja o que o Hupomnemata diz sobre o tema:

Comentários

Anônimo disse…
Professor, esse post me remeteu a um livro que acabei de ler: "A mulher do próximo", do Gay Talese, no qual é retratada a história da repressão sexual nos EUA, na primeira metade do século XX, e o momento de liberação, após a década de 50. O livro retrata a forma como publicações, livros, filmes e tudo o que era considerado "pornográfico" foi censurado nos Estados Unidos e a forma como a repressão que, enfim, parecia arrefecer, após a década de 50, foi defendida arduamente por Nixon, quando este assumiu o poder. Como bom conservador que era, recrudesceu a censura a todo e qualquer material que tivesse algum conteúdo erótico. Gastou milhões de dólares em uma pesquisa, realizada por uma comissão presidencial e encabeçada por estudiosos, que serviria para comprovar que o acesso a publicações dessa natureza poderia influenciar [ser a causa de] comportamentos sexuais criminosos. Submeteram, inclusive, estudantes a uma sessão de vídeos pornô diariamente para chegarem a uma conclusão. Ao contrário do que imaginava Nixon, a pesquisa mostrou que aqueles que tinham tido uma educação rígida e repressora é que poderiam desenvolver comportamentos sexuais ilícitos e pervertidos, a exemplo da pedofilia. Nixon não gostou nada do resultado e queria abolir a pesquisa, mas por conta da credibilidade dos pesquisadores envolvidos, não conseguiu abortá-la. Foi exatamente esse link que fiz com o celibato e a Igreja Católica, em relação à tentativa fracassada dessa instituição de impedir algo que é humanamente impossível de ocorrer - e Deus sabe muito bem disso. Sempre haverá uma forma de se satisfazer, seja por meio de um ato solitário ou mesmo com a participação voluntária ou involuntária de outrem - nesse último caso, uma vítima -, independentemente da orientação sexual, sempre que houver abstinência. É o que sucede...

Lidiane Campos

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