O ministro Paulo de Tarso Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, disse ontem ao Valor que o Brasil precisa se inspirar e repetir exemplo da Alemanha, que não esqueceu o Holocausto e o relembra todos os anos. Referia-se ao Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), que propõe a apuração e esclarecimento público das violações praticadas no período da ditadura militar. Está certo. Ainda que não seja certo revogar a anistia – algo que, em essência, é eticamente irrevogável – é preciso ir a fundo: apurar, depurar, encontrar os culpados, os mandantes, as ossadas. Ir à fundo. Mesmo depois de o Supremo Tribunal Federal ter decidido, no fim de abril, que os crimes cometidos naquele período não podem ser julgados, o governo precisa insistir em levantar os arquivos.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de
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