Os Specula principium, pois, serviam à educação do Príncipe. Numa era pré-maquiavélica, isso representava, efetivamente, um platonismo sufocante. Não menos necessários, porém, que o saber governar: algo que, mais que um dever, é uma arte.
E não menos sufocantes.
Qualquer um de nós haveria de preferir o mais térmico agostinianismo. Qualquer um de nós. Menos, talvez, os incautos... e os que fossem, por demais, ignorantes. Nesse tempo, ser um Príncipe – um governante – equivalia a ser o próprio espelho da sociedade: “suam vitam ut legem praefert suis civibus” (apresenta sua vida a seus concidadãos como uma lei), dizia Cícero em De re publica (II, 42, 69, p. 46).
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