Nenhum dos 56 deputados ou dos 14 senadores do DEM serve para ser candidato a vice-presidente de José Serra. Se o PSDB não é lá grandes coisas, o DEM, então, é a vergonha. Humilhado, o partido precisa decidir o caminho a tomar. As opções são duas: aceitar a humilhação, bater no peito se dizendo corrupto e ruim e seguir na chapa de Serra (sem ser o vice) ou então seguir seu próprio caminho. Isso quer dizer ficar sozinho. Não ter candidato à presidente e não ter candidato a governador em alguns estados. A conseqüência política disso se dá no precioso espaço da propaganda eleitoral. Se o DEM não tiver candidato a presidente ou governador, seu ou em coligação, seu tempo no rádio e TV será partilhado pelos demais partidos proporcionalmente à força de cada um. É o que manda a lei eleitoral manda. Nessa hipótese, Dilma Rousseff, do PT, herda 60% do tempo reservado ao partido.
Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa. Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...
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