Pular para o conteúdo principal

Política de comunicação 9: O problema com a “lei do cabo”

A Lei do Cabo, que regulamente a maneira como se usa a TV paga, seja ela por cabo ou por radiofreqüência, foi aprovada ainda no primeiro governo FHC. Um de seus pontos centrais é o impedimento, feito às empresas de telecomunicações, de entrarem no mercado do cabo. A princípio isso era uma decisão louvável, pois parece defender o mercado nacional. No entanto, há um objetivo secreto por trás da lei: ela garante um espaço à Rede Globo no mercado do cabo, afastando as poderosas concorrentes, que seriam as teles.
Na época não dava para perceber direito o rolo por trás disso, pois, então, só havia a Telebrás prestando o serviço de telecomunicações. A abertura do mercado para as teles multinacionais ainda estava sendo organizada. Mas a Globo sabia que, poderosas como eram e são, seriam concorrentes imbatíveis.
Quando a lei foi construída e aprovada, a Globo era dona da Net. Seu objetivo imediato era manter sua posição de principal produtora de conteúdo do país e de se tornar, em pouco tempo, a principal distribuidora de conteúdo pago. Também era indisfarçável seu namoro com o setor das telecomunicações.
Porém, a emissora acabou entrando numa espiral de problemas financeiros e se viu obrigada a vender a maioria das ações da NET. Preservou apenas o suficiente para continuar nesse mercado, mas, aguardando dias melhores, continuou fazendo o mesmo jogo de evitar a concorrências das teles.
Atualmente, o Brasil tem uma chance de mudar essa situação: o Projeto de Lei 29 (PL 29), que está sendo debatido pelo Congresso nacional.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de

Leilão de Belo Monte adiado

No Valor Econômico de hoje, Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, informa que o leilão das obras de Belo Monte, inicialmente previsto para 21 de dezembro, será adiado para o começo de 2010. A razão seria a demora na licença prévia, conferida pelo Ibama. Belo monte vai gerar 11,2 mil megawatts (MW) e começa a funcionar, parcialmente, em 2014.

Ariano Suassuna e os computadores

“ Dizem que eu não gosto de computadores. Eu digo que eles é que não gostam de mim. Querem ver? Fui escrever meu nome completo: Ariano Vilar Suassuna. O computador tem uma espécie de sistema que rejeita as palavras quando acha que elas estão erradas e sugere o que, no entender dele, computador, seria o certo   Pois bem, quando escrevi Ariano, ele aceitou normalmente. Quando eu escrevi Vilar, ele rejeitou e sugeriu que fosse substituída por Vilão. E quando eu escrevi Suassuna, não sei se pela quantidade de “s”, o computador rejeitou e substituiu por “Assassino”. Então, vejam, não sou eu que não gosto de computadores, eles é que não gostam de mim. ”