Ainda sobre o tema, houve, também, uma indagação do advogado Yúdice Andrade, feita também no Flanar, que reproduzo e respondo em seguida;
Yúdice Andrade disse...
Acho válida a tréplica, mas preciso lembrar que, embora seja essencial aumentar o contingente policial - e nesse ponto realmente merece elogios a iniciativa de empossar os dois mil novos policiais -, sem o treinamento adequado os resultados podem ser, na melhor das hipóteses, insuficientes. Na pior, podem ser literalmente mortais.
Gente despreparada e mal remunerada com uma arma na mão e poder no costado, inserido numa instituição com problemas históricos graves, pode fazer mais mal do que bem. Na época em que esses dois mil novos policiais foram às ruas, afirmou-se que o curso preparatório deles fora reduzido, para que chegassem às ruas mais rapidamente. De que isso adianta?
Gostaria que o nosso ex-secretário falasse um pouco sobre isso.
Minha resposta:
Houve o treinamento previsto por determinação legal, com a mesma carga horária e mesmo conteúdo usado para a formação de policiais em qualquer outro lugar do Brasil. Não houve cortes de recursos para isso. Ao contrário, o que houve foi uma pressão muito grande para que os policiais entrassem em operação antes do previsto, tão grande a necessidade experimentada pela sociedade. Mas ess pressão não teve qualquer efeito. Ana Júlia sempre disse que ela não pode contratar um policial tal como contrata um médico: bastando um concurso e pronto. É preciso treinar, verificar as aptidões psicológicas e só depois colocar nas ruas. Iúdice, ter 96% dos funcionários de um sistema prisional serem temporários, como acontecia na Susipe, sim, é que é uma temeridade.
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