Pular para o conteúdo principal

Violência nos governos tucanos (6)

Ainda sobre o tema, houve, também, uma indagação do advogado Yúdice Andrade, feita também no Flanar, que reproduzo e respondo em seguida;
Yúdice Andrade disse...
Acho válida a tréplica, mas preciso lembrar que, embora seja essencial aumentar o contingente policial - e nesse ponto realmente merece elogios a iniciativa de empossar os dois mil novos policiais -, sem o treinamento adequado os resultados podem ser, na melhor das hipóteses, insuficientes. Na pior, podem ser literalmente mortais.
Gente despreparada e mal remunerada com uma arma na mão e poder no costado, inserido numa instituição com problemas históricos graves, pode fazer mais mal do que bem. Na época em que esses dois mil novos policiais foram às ruas, afirmou-se que o curso preparatório deles fora reduzido, para que chegassem às ruas mais rapidamente. De que isso adianta?
Gostaria que o nosso ex-secretário falasse um pouco sobre isso.

Minha resposta:
Houve o treinamento previsto por determinação legal, com a mesma carga horária e mesmo conteúdo usado para a formação de policiais em qualquer outro lugar do Brasil. Não houve cortes de recursos para isso. Ao contrário, o que houve foi uma pressão muito grande para que os policiais entrassem em operação antes do previsto, tão grande a necessidade experimentada pela sociedade. Mas ess pressão não teve qualquer efeito. Ana Júlia sempre disse que ela não pode contratar um policial tal como contrata um médico: bastando um concurso e pronto. É preciso treinar, verificar as aptidões psicológicas e só depois colocar nas ruas. Iúdice, ter 96% dos funcionários de um sistema prisional serem temporários, como acontecia na Susipe, sim, é que é uma temeridade. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de

Leilão de Belo Monte adiado

No Valor Econômico de hoje, Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, informa que o leilão das obras de Belo Monte, inicialmente previsto para 21 de dezembro, será adiado para o começo de 2010. A razão seria a demora na licença prévia, conferida pelo Ibama. Belo monte vai gerar 11,2 mil megawatts (MW) e começa a funcionar, parcialmente, em 2014.

Ariano Suassuna e os computadores

“ Dizem que eu não gosto de computadores. Eu digo que eles é que não gostam de mim. Querem ver? Fui escrever meu nome completo: Ariano Vilar Suassuna. O computador tem uma espécie de sistema que rejeita as palavras quando acha que elas estão erradas e sugere o que, no entender dele, computador, seria o certo   Pois bem, quando escrevi Ariano, ele aceitou normalmente. Quando eu escrevi Vilar, ele rejeitou e sugeriu que fosse substituída por Vilão. E quando eu escrevi Suassuna, não sei se pela quantidade de “s”, o computador rejeitou e substituiu por “Assassino”. Então, vejam, não sou eu que não gosto de computadores, eles é que não gostam de mim. ”