Pular para o conteúdo principal

Sobre a agricultura familiar

Aconteceu em julho o II Encontro Nacional da Agricultura Familiar do Brasil, organizado pela Fetraf-CUT, em Feira de Santana (BA). Cerca de 5 mil agricultores familiares participaram. O objetivo foi fazer um balanço dos avanços nas políticas direcionadas a agricultura familiar e apontar as perspectivas e os desafios para o próximo período.
Segundo dados do Censo Agropecuário divulgado em 2006 pelo IBGE, a agricultura familiar responde por 10% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, emprega mais de 80% da mão-de-obra no setor rural e produz 70% dos alimentos produzidos no Brasil - 87% da produção nacional de mandioca, 70% de feijão, 46% de milho, apenas para citar alguns exemplos.
Esses números comprovam a viabilidade do desenvolvimento sustentável e a importância da agricultura familiar para esse modelo de desenvolvimento. Porém, à despeito do avanço do setor, alguns avanços têm sido tematizados pela sociedade civil e pelos movimentos do campo:
  • Garantia de crédito e renda para que cada agricultor tenha condições de trabalho levando em consideração as condições de uso e as várias modalidades que envolvem a agricultura familiar;
  • Luta contra a concentração de terra no Brasil. Segundo dados do Censo Agropecuário, o Brasil possui a maior concentração fundiária do mundo;
  • Avanços na perspectiva da reforma agrária como elemento central na configuração de um novo padrão econômico de soberania nacional;
  • Assistência técnica com tecnologia e investimentos voltados a agricultura familiar;
  • Políticas públicas para a juventude, para que o (a) jovem possam permanecer no campo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de

Leilão de Belo Monte adiado

No Valor Econômico de hoje, Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, informa que o leilão das obras de Belo Monte, inicialmente previsto para 21 de dezembro, será adiado para o começo de 2010. A razão seria a demora na licença prévia, conferida pelo Ibama. Belo monte vai gerar 11,2 mil megawatts (MW) e começa a funcionar, parcialmente, em 2014.

Ariano Suassuna e os computadores

“ Dizem que eu não gosto de computadores. Eu digo que eles é que não gostam de mim. Querem ver? Fui escrever meu nome completo: Ariano Vilar Suassuna. O computador tem uma espécie de sistema que rejeita as palavras quando acha que elas estão erradas e sugere o que, no entender dele, computador, seria o certo   Pois bem, quando escrevi Ariano, ele aceitou normalmente. Quando eu escrevi Vilar, ele rejeitou e sugeriu que fosse substituída por Vilão. E quando eu escrevi Suassuna, não sei se pela quantidade de “s”, o computador rejeitou e substituiu por “Assassino”. Então, vejam, não sou eu que não gosto de computadores, eles é que não gostam de mim. ”