Pular para o conteúdo principal

Política de comunicação 23: A TV Pública 4

É interessante ver como a idéia de TV pública se imiscui, inicialmente, à idéia de TV estatal e dela vai-se despregando aos poucos. Desde a década de 1930 era debatida a criação de um canal de televisão estatal no Brasil, mas apenas no rádio esse modelo vingou, com a Rádio Nacional. A TV Educativa foi instituída através da Lei 5.198, aprovada pelo Congresso Nacional em 3 de janeiro de 1967.
Em 1974, através da  Empresa Brasileira de Telecomunicações, a Embratel, o Brasil passou a ser integrado via satélite. Isso significaria um passo essencial para a formação de uma rede pública ou estatal, mas o privilégio do uso do satélite foi conferido às redes comerciais de  TV.
Outra chance para a uma televisão nacional não comercial aconteceu logo no ano seguinte, quando foi criada, pelo governo, a Empresa Brasileira de Radiodifusão, Radiobrás, com a missão de centralizar a operacionalização de uma rede estatal de estações de rádio e TV.
Apesar da empresa ter sido instalada, o projeto foi abandonado diante da pressão das empresas comerciais.
Apenas em 1998, com a criação da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais, ABEPEC e, em 1999, da Rede Pública de Televisão, RPTV, a possibilidade de uma rede pública ou estatal começou a se delinear de maneira mais efetiva. Mas a construção de uma verdadeira TV Pública ainda está por vir. O projeto da TV Brasil, gestado e implantado pelo governo Lula, ainda é mito vulnerável - além de não apresentar idéias realmente inovadoras.
  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de

Leilão de Belo Monte adiado

No Valor Econômico de hoje, Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, informa que o leilão das obras de Belo Monte, inicialmente previsto para 21 de dezembro, será adiado para o começo de 2010. A razão seria a demora na licença prévia, conferida pelo Ibama. Belo monte vai gerar 11,2 mil megawatts (MW) e começa a funcionar, parcialmente, em 2014.

Ariano Suassuna e os computadores

“ Dizem que eu não gosto de computadores. Eu digo que eles é que não gostam de mim. Querem ver? Fui escrever meu nome completo: Ariano Vilar Suassuna. O computador tem uma espécie de sistema que rejeita as palavras quando acha que elas estão erradas e sugere o que, no entender dele, computador, seria o certo   Pois bem, quando escrevi Ariano, ele aceitou normalmente. Quando eu escrevi Vilar, ele rejeitou e sugeriu que fosse substituída por Vilão. E quando eu escrevi Suassuna, não sei se pela quantidade de “s”, o computador rejeitou e substituiu por “Assassino”. Então, vejam, não sou eu que não gosto de computadores, eles é que não gostam de mim. ”