No artigo abaixo a economista Elizabeth Reimão demonstra como Jatene, o PSDB e o DEM desconhecem (ou fingem desconhecer) os números do investimento feito na área da saúde pelo governo Ana Júlia. Aliás, eles aparentam desconhecer os próprios investimento em saúde, posto que os superestimam...
A oposição tenta convencer que o governo popular de Ana Julia gastou menos com saúde, mentem!
As críticas desesperadas da oposição mostram seu desconhecimento sobre os valores aplicados em saúde pelo governo Ana Julia, o que não corresponde à realidade dos fatos:
1) Entre 2007-2010[1], foram gastos R$ 228 milhões com obras e equipamentos na área da saúde[2], enquanto que o total dispendido em serviços de publicidade e propaganda[3]foi de R$ 189 milhões, conforme dados extraídos do SIAFEM (Sistema de Administração Financeira de Estados e Municípios), corrigidos pelo índice de preço ao consumidor amplo (IPCA). Portanto, a oposição mente descaradamente quando afirma o contrário.
O governo popular realizou despesas 20,6 % maiores em saúde do que em serviços de publicidade, ficando evidente que, diferente do mencionado pelo candidato Simão Jatene no debate televisivo ocorrido no dia 26 de agosto de 2010, os gastos em saúde foram superiores aos com publicidade.
2) De 2003 a 2006 os gastos em saúde foram de R$ 3,9 bilhões enquanto no governo atual foi de R$ 5,3 bilhões[4], 37,5% a mais.
3) O governo popular gastou duas vezes[5] mais com os hospitais regionais que o governo anterior, pois além de concluir as instalações inacabadas, colocou-os em funcionamento e ampliou os serviços prestados:
3.1) Dos hospitais que haviam concluído obras na gestão anterior, apenas os de Ananindeua e de Marabá encontravam-se em funcionamento parcial, tendo seus serviços sido ampliados e cadastrados no Ministério da Saúde na atual gestão.
3.2) As obras dos hospitais de Altamira e Redenção só foram concluídas no primeiro ano do atual governo. Em 2008, foram concluídas as obras de Santarém. Em setembro de 2010, serão concluídos os hospitais de Breves e Tailândia.
4) Os recursos aplicados[6] nos hospitais regionais na gestão anterior (2003-2006) e na atual gestão (2007-2010) foram de R$ 342,7 milhões e R$ 688,4 milhões,respectivamente, verificando-se um aumento de 101%, conforme dados da Secretaria de Obras e da Secretari a da Saúde do Estado.
5) Na gestão anterior, 67% dos investimentos foram financiados por empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representando pouco mais de R$ 119 milhões, valor esse que está sendo pago desde janeiro de 2007 na atual gestão e já soma mais de R$ 57,7 milhões[7].
6) Na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, o governo popular (2007-agosto de 2010) já investiu R$ 10 milhões em reformas, ampliações e aquisição de novos equipamentos na UTI-neonatal; UTI- adulto; banco de leite; ambulatório de clínica médica, atenção integral à saúde da mulher e de clínica cirúrgica; enfermarias Santa Maria, Santa Ludovina e São Roque; sala de endoscopia, centro obstétrico e centro cirúrgico.
Na construção da Nova Santa Casa os investimentos já somam R$ 18,5 milhões e o valor total estimado é de R$ 110 milhões.
7) Em relação ao Hospital Ophir Loyola, os investimentos na radioterapia e medicina nuclear do governo anterior ficaram em R$ 3,26 milhões e no atual governo foram superiores a R$ 12 milhões. O serviço de radioterapia do hospital não recebia investimentos há mais de 10 anos e estava com equipamentos sucateados e com tempo de vida útil ultrapassados.
8) Na Atenção Básica, o governo popular investiu R$ 36,17 milhões[8] no repasse fundo a fundo, para apoiar os municípios na estratégia de saúde da família e saúde bucal.
9) O atual governo inovou, repassando recursos financeiros para a compra de medicamentos para a farmácia básica. O estado disponibilizou R$ 19,12 milhões[9] para os 143 municípios, no lugar dos kits entregues no governo anterior.
10) Outra informação relevante é que as despesas pagas com funcionamento e manutenção dos hospitais são mais onerosas que o valor dos investimentos em hospitais, conforme demonstrado na tabela 1:
- 13 meses para custeio do hospital Metropolitano representam todo o valor gasto com a obra e a aquisição de equipamentos
- 13 meses, para o hospital de Marabá
- 25 meses, para o hospital de Santarém
- 18 meses, para o hospital de Altamira
- 19 meses, para o hospital de Redenção
Tabela 1 – Investimento x Custeio dos Hospitais Regionais
Hospitais Regionais | Investimento (obras e equipamentos) R$ mil | Custeio médio mensal R$ mil | Custeio dos hospitais, em meses |
2003 a 2006 | 2007 a 2010* | Investimento x Custeio | |
Metropolitano | 60.412 | 4.787 | 13 |
Marabá | 29.679 | 2.289 | 13 |
Santarém | 84.736 | 3.329 | 25 |
Altamira | 46.454 | 2.525 | 18 |
Redenção | 48.486 | 2.516 | 19 |
TOTAL | 298.898 | 15.447 | 19 |
Fonte: SEOP/SESPA Valores correntes
* Dados até agosto de 2010
Constata-se, então, que a afirmação é inverídica e sem fundamentação.
[2] Considerou-se a “função saúde”, que representa o maior nível de agregação das despesas realizadas em saúde pelo governo.
[3] Utilizou-se a somatória de todos os subelementos das despesas com serviços de publicidade e propaganda realizadas pelo governo popular entre 2007 e 31/08/2010.
[4] Dados extraídos do SIAFEM (Sistema de Administração Financeira de Estados e Municípios), corrigidos pelo índice de preço ao consumidor amplo (IPCA).
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