Eis um país sério. Um total de 13 julgamentos realizados neste ano culminou na condenação de 89 repressores que atuaram na ditadura militar argentina, cuja violência resultou em um saldo estimado de 30 mil desaparecidos, entre os anos de 1976 e 1983. Do total de acusados, 47 foram condenados à prisão perpétua e apenas nove foram absolvidos.
Desde 2003, com a derrogação das leis de impunidade (que limitavam o tempo dos julgamentos e a patente dos militares que poderiam ser acusados), até 2009, foram realizados 20 julgamentos, com 67 repressores condenados e sete absolvidos.
A guinada acontecida este ano merece atenção e respeito. No Brasil, o assunto parece estar proibido, certamente graças ao serviço que o ministro Jobim presta às Forças Armadas. Prevalece, por aqui, a lei do silêncio.
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