Vou começar a contar a vocês algumas de minhas conversas. Meu apreço pelos mitos do espaço publico e minhas utopias pessoais me levam a participar de dois grupos, que se reúnem semanalmente: o Grupo do Mururé e a Confraria do Pato Macho. O primeiro é formado por nomes ilustríssimos, todos com grande experiência, uns na vida pública e outros na vida acadêmica. O segundo, por uns canalhas menos ilustres, uns velhos amigos sem glórias. São grupos díferes, mas em ambos discutimos política. O primeiro se reúne às terças, para um café da manhã saudável. O segundo às sextas, para um whiskye misericordioso.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de
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