Segue amanhã.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de
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Falando em nome da categoria, o presidente do Sindetran, Elias Monteiro, criticou a decisão do governo lembrando que a lei surgiu de uma ampla discussão da categoria com o Detran, deputados estaduais e o Governo anterior.
Negou que se trata de um benefício gratuito do Governo Ana Julia, pois foi preciso realizar duas greves para que o Executivo desse andamento a lei aprovada. Debatida no conjunto da categoria e com o governo, a lei obteve inclusive parecer favorável da Procuradoria Geral do Estado (PGE), mesmo Órgão que agora, estranhamente, questiona sua legalidade. O texto acabou aprovado por unanimidade na Alepa, com aprovações nas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ)- onde atuaram como presidente e relator, respectivamente, os deputados Bosco Gabriel (PSDB) e Parsifal Pontes (PMDB) e de Orçamento e Finanças, com a presidência de Simone Morgado (PMDB) e relatoria de Bira Barbosa (PSDB). É claro o desrespeito do Governo com o Poder Legislativo!
O sindicato garantiu que usará de todos os meios jurídicos e políticos para a implementação da lei. “Trata-se de um discurso hollywoodiano do Governo que coloca uma faca na cabeça dos servidores do Detran”, criticou Monteiro. Quanto ao PCCR, o sindicalista lembrou que a categoria discute o assunto há quase quatro anos e que existe uma minuta de PCCR pronta para ser discutida e aprovada. “Se o governo quer aprovar o PCCR ótimo, mas não vamos aceitar como moeda de troca para abrir mão do cumprimento da lei. Além disso, tem que revogar o decreto que barra direitos dos servidores e dizer que tipo de mágica vai fazer para equilibrar as contas e implementar melhorias salariais ao mesmo tempo, em apenas 180 dias como propõe agora”, ironiza a vice-presidente do Sindetran, Arieth Costa.
Diante dos acontecimentos, a diretoria do Sindicato decidiu que vai defender a entrada da categoria em estado de greve na Assembléia Geral que acontece às 8 h, em frente a sede da Autarquia, nesta quarta-feira, 26. O Sindetran estuda ainda que tipo de medida judicial poderá tomar, caso o governo insista em descumprir a Lei 7474/2010, que instituiu a reestruturação do Detran.
Após a Assembléia, a diretoria do Sindetran participará de uma reunião, no final da manhã, com a Intersindical que deve contar com representantes do Sintepp e Sindfisco, categorias que também se consideram diretamente atingidas pelo decreto governamental de 19 de janeiro. Decreto este que é claramente inconstitucional, já que não tem atribuições jurídicas para revogar leis vigentes. “O desrespeito do governo com essas categorias é flagrante e precisa ter uma resposta. Os servidores do Detran estão prontos para a luta”, finaliza o diretor, Maurício Facundo.
Lacênio Barbosa
Dir. Comunicação
Sindetran/Pa”