A produção científica no Brasil evoluiu de maneira contraditória no ano passado. O país ganhou uma posição no ranking SCImago de publicações científicas, elaborado pela SCImago Journal & Country Rank, subindo para a 14ª posição, com 34.145 publicações. O volume foi 12,4% maior que o registrado no ano anterior. O resultado, no entanto, ficou aquém da posição econômica do país – atualmente a oitava maior economia do mundo, com possibilidade de subir uma posição em 2011.
Ao mesmo tempo, o Brasil caiu 14 posições no ranking global de inovação tecnológica em 2010, passando a ocupar a 68ª colocação, de acordo com o Índice de Inovação Global, elaborado pela escola de administração Insead, em parceria com a Confederação da Indústria Indiana (CII).
Segundo dados preliminares do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2010 os investimentos públicos e privados em pesquisa e desenvolvimento chegaram a R$ 44 bilhões, representando 1,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2009, os investimentos foram de R$ 51, 2 bilhões, o equivalente a 1,63% do PIB. Conforme o mais recente estudo comparativo de países divulgado pelo ministério, em 2008, o dispêndio em pequisa e desenvolvimento per capita no Brasil era de US$ 121,4 por habitante ao ano, ante U$ 1.307,60 nos Estados Unidos, US$ 1.168,50 no Japão, US$ 931,80 na Coreia, US$ 164,80 na Rússia e US$ 90,80 na China.
De acordo com dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, 2,6% da população ocupada (240,5 mil pessoas) no Brasil atua na área de pesquisa e desenvolvimento. Mas, desse total, só 133,3 mil são pesquisadores de fato. Dentre os pesquisadores, 56,8% estão nas universidades lecionando; outros 37,3% trabalham com pesquisa aplicada no setor privado e 5,1% estão concentrados nos institutos de pesquisa do governo.
Com dados do Ministério da Ciência e Tecnologia e do jornal Valor Econômico.
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