Falar sobre a crise política no Egito e, na verdade, em todo o mundo mulçumano, depois da abertura do Fórum Social Mundial de 2011, ontem, que pela segunda vez se realiza na África, é quase uma obrigação.
Dez anos depois da sua primeira edição, a revolução em curso no Egito demonstra
que a idéia de um outro mundo é possível. As transformações sociais no Brasil e em vários outros países da América Latina são provas disso.
Ou seja, o FSM dá força moral aos protestos, mesmo porque as negociações entre governo e oposição foram e tendem a ainda ser, pífias. E as manifestações seguem, bem como o apoio internacional, que também aumenta. O primeiro ministro da autoridade palestina, Salam Fayyad, por exemplo, deu seu recado há dois dias, em Paris, ao declarar que “A estabilidade de um regime político passa pela democracia”.
A verdade é que Mubarak deveria sair logo, e por si mesmo. Prolongando, inutilmente, uma confrontação com seu povo, ele vai deixando de ser o presidente autocrata que é para se tornar um tirano.
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