Estudo indica que o formato da distribuição de renda, no Brasil, deixa de ser uma pirâmide e se torna um losango 1
A distribuição dos brasileiros por classes socioeconômicas mudou nos últimos cinco anos. Deixou de ter o formato de pirâmide, típico de países pobres, com grande contingente de baixa renda, e passou a ser um losango, figura geométrica que se aproxima de uma distribuição socioeconômica mais equilibrada entre os estratos sociais e frequente em países desenvolvidos.
Essa é a principal constatação da 6.ª edição da pesquisa O Observador Brasil 2011, espécie de radiografia do mercado de consumo, executada pelo instituto Ipsos Public Affairs, a pedido da Cetelem BGN, do grupo financeiro francês BNP Paribas.
A mudança de formato da distribuição das classes socioeconômicas entre 2005 e 2010 ocorreu em razão do ganho de renda que levou a uma grande mobilidade social. Só no ano passado, quase 31 milhões de brasileiros ascenderam socialmente. Desse total, cerca de 19 milhões saíram das classes D/E e engrossaram a grande classe média, a classe C. E perto de 12 milhões de pessoas pularam da classe C para as classes de maior poder aquisitivo A/B.
De acordo com a pesquisa, a classe C já representava no ano passado mais da metade (53%) da população brasileira de 191,7 milhões de pessoas. Em 2009, a fatia da classe C era de 49% e em 2005, de 34%.
Já as classes D/E responderam em 2010 por 25% da população, ante 35% no ano anterior e 51% em 2005. No sentido oposto, a participação das classes A/B está aumentando. Cinco anos atrás, elas representavam 15% da população. Esse índice subiu para 16% em 2009 e atingiu 21% no ano passado.
Entre 13 países pesquisados pelo BNP Paribas, o Brasil foi o mais bem avaliado pela sua população em 2010. De zero a dez, o País obteve nota 6,8 e ficou um ponto à frente da Alemanha.
Via Estado de S.Paulo
Comentários