A oferta de TV por assinatura via internet pode dar novo impulso aos investimentos em banda larga no país. Com esse argumento, empresas, representantes do governo e consultores aumentaram ontem a pressão pela liberação desse serviços, alegando que a medida servirá de estímulo para que as operadoras de telefonia fixa expandam sua infraestrutura.
O uso das redes de banda larga para distribuir pacotes de TV paga ainda não é permitido no Brasil, mas está previsto no projeto de lei 116, em tramitação no Senado. Trata-se de um pleito antigo das teles, que pretendem adotar a tecnologia (IPTV) para melhorar o retorno de seus investimentos. Atualmente, as teles prestam serviços de vídeo via satélite ou detêm participações em empresas de TV a cabo.
Operadoras como Telefônica, Oi e GVT aguardam apenas a aprovação da nova lei para começar a oferecer o serviço.
O Brasil encerrou o ano passado com 13,8 milhões de conexões de banda larga. O número aumentou 21% na comparação dom 2009, mas é considerado pequeno diante do tamanho do mercado doméstico.
A Oi, que pouco investiu em banda larga no ano passado, prepara o lançamento dos serviços de IPTV para o fim de 2011. A estreia vai ser em Belo Horizonte, onde a Oi tem licença para atuar como operadora de TV a cabo.
O presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel, disse que a TV paga vai chegar à metade dos domicílios brasileiros em até quatro anos. Para ele, o crescimento se dará por meio dos serviços tradicionais de TV por assinatura, mas também da IPTV. Atualmente, a TV paga está presente em cerca de 10 milhões de domicílios.
Via Valor.
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