Um trecho do livro “ 1822”, de Laurentino Gomes:
"No ano de sua Independência, o Brasil tinha, de fato, tudo para dar errado... Era uma população pobre e carente de tudo, que vivia... em uma economia agrária e rudimentar, dominada pelo latifúndio e pelo tráfico negreiro... O analfabetismo era geral... As perspectivas de fracasso, portanto, pareciam bem maiores que as de sucesso... (No entanto) o Brasil conseguiu manter a integridade do seu território e se firmar como Nação independente..." (páginas 17/18).
200 anos depois o país é uma nação emergente, motivo suficiente para que se produza um livro, desta feita “2022”, escrito coletivamente por conjunto de especialistas e publicado pela editora Campus. Nele, se faz uma reflexão acerca de que perfil de país podemos aspirar a ter quando o país estiver fazendo 200 anos como nação independente.
E como deverá ser o Brasil nesse ano? A síntese do autores é a seguinte:
- crescimento médio da economia de 4,5% ao ano:
- Inflação 2022: 3% (2010: 6%)
- Taxa de investimento em 2022: 24% do PIB (2010: 18%)
- Poupança doméstica em 2022: 23% do PIB (2010: 17%)
- Proporção de pobres em 2022: 5% (estimativa 2010: 22%)
- Proporção de extremamente pobres em 2002: 0% (estimativa 2010: 8%)
Os fatores que permitem esses dados, dentre outros, são os seguintes:
1) A consolidação da democracia nos últimos 25 anos;
2) Um conjunto de avanços institucionais próprios de uma economia e de um país maduro, como a respeitabilidade adquirida pelo Banco Central (BC) ou a eficiência da urna eletrônica;
3) A modernização do país em consequência da abertura econômica nos anos 90;
4) A estabilização da economia;
5) O ajuste fiscal posterior a 1999, com destaque para a Lei de Responsabilidade Fiscal; e
6) Os avanços sociais observados desde as primeiras tentativas de inclusão social com os programas pioneiros para o meio rural ainda nos anos 70, até as conquistas mais recentes.
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