Pular para o conteúdo principal

Entre o Mito e a Fronteira: "vitalismo".


Este livro fala sobre esse processo. Fala sobre a moderna tradição amazônica e seu dinamismo, seu vitalismo. Fala sobre situações de ansiedade em relação ao fim da cultura e sobre a economia do sentido comum.

A moderna tradição amazônica pode ser vista como um desvelamento social. Não como a recuperação e defesa de uma essência ou o resgate de tradições, como querem tantos autores, ainda dominados pelos paradigmas de uma modernidade castradora, mas sim como uma bricolagem coletiva, uma invenção ou imaginação cujos processos, dispersos no corpo social, podem aqui ser chamados de intersubjetividade.

Comentários

Taí Fábio uma questão que eu queria discutir contigo e agora quero fazer. A modernidade está muito relacionada com a intersubjetividade, não há dúvida! A individualidade funda a Modernidade; portanto a subjetividade está no fulcro da discussão. Mas a intersubjetividade é impossível para o método?!? Não pode ser objeto da ciência a rigor?!?
O subconsciente pode! Ele é o objeto de uma teoria científica: da Psicanálise. A intersubjetividade o que é? Um campo?
hupomnemata disse…
A subjetividade está associada aos métodos da modernidade e com ela se vincula totalmente: é a crença no pessoalismo, numa postura de pesquisa, ou visão de mundo, tipicamente individualista.

A idéia de intersubjetividade surge com a fenomenologia, e tem vários desdobramentos. Por exemplo, a sociologia fenomenológica, de Alfred Schutz; a analítica existencial do "dasein", de Heidegger e a "dasein analyse", de Binswanger.

Também está presente na Etnometodologia, em Goffman e, com um desdobramento epistemológico importante, em Richard Rorty.

Nos primórdios do campo sociológico há muito sobre o tema em Simmel. Mais tarde também em Weber.

Contemporaneamente, em Derrida.

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...

Solicitei meu descredenciamento do Ppgcom

Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa.     Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...

Comentário sobre o Ministério das Relações Exteriores do governo Lula

Já se sabe que o retorno de Lula à chefia do Estado brasileiro constitui um evento maior do cenário global. E não apenas porque significa a implosão da política externa criminosa, perigosa e constrangedora de Bolsonaro. Também porque significa o retorno de um player maior no mundo multilateral. O papel de Lula e de sua diplomacia são reconhecidos globalmente e, como se sabe, eles projetam o Brasil como um país central na geopolítica mundial, notadamente em torno da construção de um Estado-agente de negociação, capaz de mediar conflitos potenciais e de construir cenas de pragmatismo que interrompem escaladas geopolíticas perigosas.  Esse papel é bem reconhecido internacionalmente e é por isso que foi muito significativa a presença, na posse de Lula, de um número de representantes oficiais estrangeiros quatro vezes superior àquele havido na posse de seu antecessor.  Lembremos, por exemplo, da capa e da reportagem de 14 páginas publicados pela revista britânica The Economist , em...