Pular para o conteúdo principal

Ao definir identidade política, Mitt Romney dispara e se torna o virtual candidato republicano

Enquanto na França a campanha se acirra e entra na reta final, nos EUA, esta semana, Mitt Romney desponta como o candidato republicano que vai enfrentar Obama.

Tendo ganhado as cinco primárias realizadas na terça-feira passada, o último fim de semana parece ter definido apoios e articulações que garantem seu nome na disputa. 

Romney venceu 29 das 43 primárias já realizadas. A última delas terá lugar dia 26 de junho próximo. Ainda que não disponha, ainda, do número suficiente de delegados para garantir sua indicação, a vitória de ontem consolida sua posição - além de condenar seu principal rival, Rick Santorum, torna praticamente certo a saída da disputa do candidato ultra-conservador, Newt Gingrich.

O movimento político que levou Romney à vitória do dia 24 de abril iniciou duas semanas antes, com uma significativa redução dos ataques a Obama. 

Essa estratégia foi bem demarcada com o lançamento de um novo slogan para sua campanha, um slogan construtivo e mediador da opinião pública localizada ao centro do espectro político: "Uma América melhor".

Seu discurso começou a pontuar "mais liberdade econômica e menos cheques do governo".

Mas também, por outro lado, fazendo referência à lenta e dolorosa saída norte-americana do Afeganistão, "uma América que não precisa se desculpar".

Esses motes deslocam o discurso republicano da confrontação direta com Obama para uma recuperação das imagens tradicionais dos republicanos. 

Ao fazer esse jogo, Romney encarnou diretamente a identidade política republicana e disparou nas prévias. Sinal da importância da identidade política na construção do jogo eleitoral.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...

Solicitei meu descredenciamento do Ppgcom

Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa.     Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...

Artimanhas de uma cassação política: toda solidaridade a Cláudio Puty

Pensem na seguinte situação:  1 - Alguém, no telefone, pede dinheiro em troca da liberacão de licenças ambientais. 2 - Essa pessoa cita seu nome. 3 - A conversa é interceptada pela Polícia Federal, que investigava denúncias de tráfico de influência. 4 - No relatório da Polícia Federal, você nem chega a ser denunciado; é apenas um nome, dentre dezenas de outros, inclusive de vários parlamentares. 5 - Mesmo assim resolvem denunciar você por corrupção ativa. 6 - Seu sigilo telefônico é quebrado, sua vida é revirada. Nada é encontrado. Nada liga você àquela pessoa que estava pedindo dinheiro. 7 - Mesmo assim, você é considerado culpado. 8 - Os parlamentares, igualmente apenas citados, como você, são inocentados. Mas você, só você, pelo fato de ter seu nome citado por um corrupto, você é considerado culpado. É isso que acabou de acontecer com o deputado federal pelo PT do Pará Cláudio Puty. Ele vai entrar com um recurso junto ao Tribunal Sup...