Um voto anti-Sarkozy, principalmente. Porém, com uma dimensão política que, evidentemente, beneficia a Frente Nacional.
Marine Le Pen já se pretende a "chef de l'opposition". Com 18,03 % dos votos ela quase dobra o score de seu pai, cerca de 10 % dos votos, nas eleições de 2007 e ultrapassa a votação recebida por ele quando passou ao segundo turno, em 2002, com 16,86 % dos votos.
Seus 18,03 % significam, trocando em miúdos, 6,4 milhões de eleitores.
Mas, que significam esses resultados, na pragmática da política francesa?
Nas palavras de Marine, significam : "implodir o sistema". Ou seja, expurgar o partido gaulista UMP do comando da direta francesa e ocupar esse posto.
Sua posição é firme: ela já convocou seus eleitores a não votarem nem por Sarkozy, nem por Hollande.
Seu objetivo? A eleições legislativas, que ocorrerão em junho e que são chamadas, na França, de "o terceiro turno". O objetivo da Frente Nacional é vencer as eleições em, ao menos, 100 circunscrições eleitorais, avançando sobre as cadeiras que a UMP ocupa no parlamento e, assim, consolidar sua posição no espectro à direita da política francesa.
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