O provável primeiro ministro de François Hollande será o líder socialista na Assembléia Nacional, o deputado Jean-Marc Ayrault. Seria a escolha mais óbvia, porque Ayrault, ao mesmo tempo, é uma voz de união, influente no partido e próximo a Hollande.
A preferência dos franceses, porém, segundo sondagem realizada por um institutos de pesquisa, recaia sobre Martine Aubry, que disputou com Hollande a indicação do partido como candidata presidencial.
Outras duas possibilidades de peso seriam Manuel Valls, líder socialista que fez crescer sua influência durante a campanha e Pierre Moscovici, antigo ministro da economia, no gabinete de Lionel Jospin, que foi o coordenador da campanha.
Desses nomes, independentemente de quem será o Primeiro Ministro, o certo é que os demais exercerão um papel central no futuro governo.
Além deles, outros socialistas também terão voz (e cargos). Vincent Peillon será, muito provavelmente, ministro da Educação. Jean-Yves Le Drian, ministro da Defesa.
Laurent Fabius ou Alain Juppé deverão ocupar o Ministérios das Relações Exteriores.
Michel Sapin é o nome mais provável para se tornar ministro da Economia.
Bertrand Delanoë, prefeito de Paris, poderá ocupar o Ministério da Justiça e Stéphane Le Foll o Ministério da Agricultura.
Todos esses nomes são especialistas em suas áreas.
Diferentemente do Brasil, os cargos, num governo francês tendem a levar em conta também a competência, do seu ocupante, em relação à questão concernente.
Ou seja, o perfil tende a ser técnico-político, e não apenas político.
E muitas carreiras são feitas com base nesse cálculo, fundamental para a opinião pública local.
O restante do governo terá, provavelmente, além de muitos outros socialistas, colaboradores do Partido Verde, dos centristas do MoDem (François Bayrou) e comunistas.
Dos verdes,
Dois comunistas que poderão estar no governo são Jean-Michel Baylet e o ex-líder do PC, Robert Hue. Ambos apoiaram Hollande desde o primeiro turno.
Dos verdes deve sair o nome para o ministério do Meio Ambiente. Provavelmente Cécile Duflot. A ex-candidata do PV, Eva Joly também poderá se unir à equipe, mais provavelmente num posto com menos exposição.
Os centristas dispõe de um nome de peso para indicar: Jean-Luc Bennahmias, vice-presidente do MoDem e antigo líder dos verdes.
Já do lado da esquerda radical, de Jean-Luc Mélenchon - o candidato que, verdadeiramente, teve o score mais representativo destas eleições, bem mais que Marine Le Pen, a bem da verdade - somente depois das eleições legislativas de junho é que se saberá da sua posição em relação ao governo.
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