A vitória de Eduardo Paes no Rio foi histórica, a maior já
registrada no Rio: 2,09 milhões de votos (64,6% do total dos votos válidos). Em
2008, o resultado também havia sido histórico. Mas Paes vencera o então
candidato do PV, Fernando Gabeira, com 50,8% contra 49,1% - uma diferença
mínima de 55 mil votos. A diferença destas eleições foi bem maior: Marcelo
Freixo (PSOL), teve apenas 28,1% dos votos.
As notícias de lá dão conta de que sua tarefa principal não
está na preparação das Olimpíadas, mas na saúde, ponto fraco de sua primeira
gestão e problema crônico da cidade. O trabalho já começou a ser feito, pelo
secretário de saúde, Hans Dohmann, o único cuja permanência está assegurada no
20 mandato. Isso não pode ser feito sem a ajuda do Governo Dilma, o que gera um novo laboratório político para a experiência federativa brasileira.
É possível repetir, na saúde, a pareceria iniciada no plano da segurança?
No interior
O estado do RJ tem dez cidades com mais de 200 mil eleitores.
As eleições foram decididas ontem na capital e em duas outras dessas cidades:
Campos, com Rosinha, e São João de Meriti, com Sandro Matos (PDT). O 2o
turmo vai acontecer em Belford Roxo, Duque de Caxias, Niterói, Nova Iguaçu,
Petrópolis, São Gonçalo e Volta Redonda.
O Rio e a aliança PT/PMDB
No Rio o PT nunca teve uma base política forte e estável.
Tornou-se, por isso, o principal laboratório para a parceria com o PMDB. O
resultado tem sido uma situação de governabilidade rara, extremamente positiva
para o estado e para a cidade, sobretudo num momento que o Rio se prepara para
os grandes eventos que vai receber. A questão é: de que maneira essa parceria e
essa experiência de governabilidade vai impactar no futuro das relações entre
PT e PMDB? Uma questão decorrente
dessa diz respeito a São Paulo: o modelo Rio pode, de alguma forma, servir de
horizonte para a organização do PMDB de São Paulo? Afinal a boa campanha de
Gabriel Chalita na cidade parece renovar o partido no estado...
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