As eleições de Salvador, têm um tertius decisivo: o PMDB de
Mário Kertész, que teve 9% dos votos. Aliado do PT a nível federal, o PMDB
baiano é arqui-rival do governador petista Jacques Wagner.
Dá para esperar seu
apoio? Não. Só dá para esperar um racha, no máximo. O vice presidente Michel
Temer deu declarações procurando suavizar o potencial conflito. Seus esforços
vão no sentido de acalmar a raiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima que, com o
irmão Lúcio Vieira Lima, lidera o PMDB na Bahia, anti-petistas radicais.
Kertész, seguindo a linha nacional, deverá apoiar o PT ou manter-se neutro - e
já avisou que está encerrando sua vida política.
A orientação da presidente Dilma é enquadrar Geddel,
atualmente vice-presidente da Caixa Econômica Federal. Tarefa para Temer, para
quem é vital manter a paz com o PT, já que o líder do partido na Câmara,
Henrique Eduardo Alves (RN), ainda não foi eleito presidente da Casa.
O mais legal, dessa disputa, será acompanhar os movimentos do PMDB: de um lado uma faceta do partido, seu apetite pelas benesses do poder. De outro, outra de suas facetas: o ódio irrascível contra certos adversários. Qual será a mais forte?
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