Lamento profundamente o falecimento de Sebastião Tapajós. A palavra “profundamente” não é à toa e evoca seu sentido imediato: tudo, no artista ST, era “profundamente”. A tanto e a quanto ser impossível, para mim, encontrar sua obra na sua grandeza - porque não tenho ouvido para tanto, me resta dizer o quanto o escutei. Muito, sempre com grande admiração. Mas preciso dizer que, ao menos para mim, ST era um grande mistério. ST não falava nem de si e nem de sua musica. Não explicava, não produzia condescendências... A quem de ver, que visse e a quem de ouvir que ouvisse. Nas duas ou três vezes em que falei com ele, ele não me disse nada (no alentar dos fatos). Talvez que minhas questões tenham sido excessivas, quem sabe. Qualquer dia conto disso. Agora, o que resta, é o silêncio preenchido por música.
Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa. Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...
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