O tema me faz lembrar de Alphonse Bértillon. Esse sujeito criou, em 1882, um sistema de informações policiais centrado na fotografia de orelhas. Bem, ele fotografa, sob uma mesma marcação de luz, o rosto dos detentos e suspeitos, mas atinha-se particularmente na produção de imagens de suas orelhas. Acreditava que as pessoas não possuem, jamais, orelhas semelhantes e que, dessa situação, se poderia ter um completo banco de dados com informações policias. E tal coisa foi feita. Centenas, milhares de fotografias de orelhas passaram a povoar o sistema judicial francês, ao final do século XIX. Sugeriram a ele, certa vez, que substituísse o sistema por um outro, ainda mais eficaz: a coleta de impressões digitais. Mas Bértillon riu-se: Como podem achar mais prático identificar criminosos pelo dedo do que por sua orelha?
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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