Para Descartes, a razão é uma fonte de conhecimento autosuficiente. O conhecimento da realidade que ela produz é gerado com suas próprias forças, tal como a matemática. Por essa razão a experiência humana não serve senão como um condutor para a reflexão racional. Não é senão uma ocasião para a racionalidade. Esse pensamento reproduz uma intuição que surge com o Renascimento, pela qual se começa a acreditar que a natureza não é, como antes se pensava, uma quantidade interminável de coisas, um sistema sem leis de acontecimentos. Assim não sendo, se faz possível conhecer, descobrir, desvendar o mundo. Conhecendo seus mecanismos de funcionamento (por meio da razão), se conhece a sua complexidade. Para fazê-lo, pode-se partir de algumas poucas evidências: os axiomas, para falar sobre as demais verdades correlatas, discurso construtor de hipóteses que Descartes chamará de teorema.
 Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões:   Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa.       Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...
Comentários