"O amor translada ao corpo os atributos da alma e esta cessa de ser uma prisão. (...) O amor mistura a terra ao céu: é a grande subversão. Toda vez que o amante diz: "eu te amo para sempre", ele transfere a uma criatura efêmera e cambiante dois atributos divinos: a imortalidade e a imutabilidade. A contradição é, na verdade, trágica: nossa carne se corrompe, nossos dias estão contados. Somos filhos do tempo e ninguém escapa da morte. Contudo, amamos, com o corpo e com a alma, de corpo e alma. (...) Mas o amor é a resposta que o homem encontrou para olhar de frente a morte. Pelo amor roubamos ao tempo, que nos mata, instantes que ora transformamos em paraíso, ora em inferno. Para além da felicidade ou da infelicidade, o amor é, sobretudo, intensidade. Ele não nos presenteia com a eternidade, mas com a vivacidade; o momento durante o qual se entreabrem as portas do tempo e do espaço. No amor tudo é dois, e tudo aspira a ser um"
(Octavio Paz).
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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