Então o que posso dizer a essa pobre alma que indaga sobre o que tem a haver com tudo isso é que, se ele não sabe, não o saberei eu e nem o saberemos nós. Nada temos a haver, necessariamente, aprioristicamente, ao que acontece no Irã. Mas, se as notícias do que lá está havendo nos chegam creio que sim, temos algos a haver com isso. Portanto, as manifestações no Irã são, também, uma experiência nossa. E, para além disso, se temos meios de informação que podem ser e que estão sendo usados como meios de participação nesses acontecimentos, e se temos vontade de perticipar dessas acontecimemntos por esses meios, então o evento se torna, ainda mais, pois também em outro plano, uma experiência nossa.
Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa. Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...
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