O Novo Trabalhismo inglês, sob uma perspectiva histórica, pode ser visto como a construção de um lugar político sem identidade social. Trata-se de uma espécie de concessão relativa ao programa neo-liberal. Afinal, qual a grande diferença entre a geração neoliberal de Tatcher e John Major e a geração do Novo Trabalhismo, de Blair, Brown e Giddens? O desmonte das políticas do “estado do bem-estar”, feita por Tatcher, pode não ter sido aprofundado, mas não foi revertido. Não que a política básica do “velho” trabalhismo inglês fosse centrada na idéia do bem-estar social, mas ele surgia como uma conquista de todos. A base teórica do Novo Trabalhismo, a noção de “terceira via”, é uma espécie de discurso vazio feito por uma esquerda que abriu mão da política e dos seus compromissos históricos para se entregar ao rentismo globalizado – o mercado financeiro - que terminou na crise das sub primes. Uma “terceira via” bem mais para terceira do que para via.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de
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