A respeito de meu post sobre a aliança PT/PTB e sobre a aproximação PT/DEM, Marise Morbach publicou o seguinte comentário em seu blog /Norte, ao qual eu respondi como abaixo segue. Aproveito para agradecer, igualmente, a Rita Soares, do Blog da Repórter, Franssinete Florenzano, do Uruá-Tapera e ao pessoal do Ananindeua Debates, que também repercutiram meu post.
Marise Rocha Morbach disse...
Fábio, permita que eu faça alguns comentários sobbre o seu post:
1. Eu, quando no Quinta Emenda, chamei atenção ao fato do governo de Ana Júlia se constituir em um governo de facções, e o seu post só reforça isso.
2. O que é estranho mas familiar à política no sentido que Freud dá para a manifestação do inconsciente é que faltou maior familiaridade com o jogo da política quando se acreditou nas minorias esquecendo da política de maiorias que seria mais cedo ou mais tarde o elemento definidor do processo: estão ai as coalizões e as dores inevitáveis de sua existência.
3. O PT no Pará deverá aprender muitas lições, algumas muito duras, notadamente no aspecto moral.
4. Reforma política deve ser a nossa próxima bandeira, uma bandeira radical e sem tréguas. No mais lamento e entendo as suas dores. Grande abraço, Marise
1. Eu, quando no Quinta Emenda, chamei atenção ao fato do governo de Ana Júlia se constituir em um governo de facções, e o seu post só reforça isso.
2. O que é estranho mas familiar à política no sentido que Freud dá para a manifestação do inconsciente é que faltou maior familiaridade com o jogo da política quando se acreditou nas minorias esquecendo da política de maiorias que seria mais cedo ou mais tarde o elemento definidor do processo: estão ai as coalizões e as dores inevitáveis de sua existência.
3. O PT no Pará deverá aprender muitas lições, algumas muito duras, notadamente no aspecto moral.
4. Reforma política deve ser a nossa próxima bandeira, uma bandeira radical e sem tréguas. No mais lamento e entendo as suas dores. Grande abraço, Marise
Fabio Fonseca de Castro disse...
Oi Marise, obrigado pelos comentários. Minhas respostas:
1. Sim, é um governo de facções, mas elas não correspondem, necessariamente, às tendências do PT. A DS é, muitas vezes, interpretada como algo monolítico, mas não é, é um conglomerado de facções, como vc diz.
2. Acho que as coalizões até são experimentadas por todo o PT. Haja vista o papel histórico da Articulação, o governo Lula desde o começo, a Carta aos Brasileiros, etc. Porém, o que me parece causar estranheza é construir coligação no campo adversário, no território proibido. E o que é pior: sem se construir antes a preparação para isso.
3. Concordo. Quando eu fico falando sobre heranças à esquerda é isso que quero dizer. Todo partido tem que se reinventar e se repactuar de vezem quando. O PT precisa fazer isso neste momento. Não há debate interno expressivo sobre o assunto, mas acho que é preciso discutir com o passado para inventar o futuro.
4. Reforma política já! Sem isso não andamos. Concordo plenamente. Tem que ser a grande bandeira. Aliás, acho que a reforma tributária está sendo bem pautada pela disputa presidencial, que fala-se em elementos de reforma trabalhista mas que se evita solenemente o tema da reforma política. Vamos ver.
Grande abraço,
Fabio.
1. Sim, é um governo de facções, mas elas não correspondem, necessariamente, às tendências do PT. A DS é, muitas vezes, interpretada como algo monolítico, mas não é, é um conglomerado de facções, como vc diz.
2. Acho que as coalizões até são experimentadas por todo o PT. Haja vista o papel histórico da Articulação, o governo Lula desde o começo, a Carta aos Brasileiros, etc. Porém, o que me parece causar estranheza é construir coligação no campo adversário, no território proibido. E o que é pior: sem se construir antes a preparação para isso.
3. Concordo. Quando eu fico falando sobre heranças à esquerda é isso que quero dizer. Todo partido tem que se reinventar e se repactuar de vez
4. Reforma política já! Sem isso não andamos. Concordo plenamente. Tem que ser a grande bandeira. Aliás, acho que a reforma tributária está sendo bem pautada pela disputa presidencial, que fala-se em elementos de reforma trabalhista mas que se evita solenemente o tema da reforma política. Vamos ver.
Grande abraço,
Fabio.