Rue de Saint-Guillaume, Paris. De um lado, o Instituto de Altos Estudos Sobre a América Latina e o Instituto Internacional de Direito Comparado. De outro, a Faculdade de Ciências Políticas de Paris, a impressionante Sciences Po. Minha rua durante dois anos. Máquinas de café, território internacional neutro, o bar da esquina, as imensas bibliotecas, sujeitos estranhos e uma impressão de mundo. Vaguei entre esses prédios like a rolling stone, durante dois inteiros anos. Num dia cheguei por lá e havia ninguém menos que Mikhail Gorbatchev para dar uma palestra. E eu nem tinha sido avisado. Coisas banais para eles, e, felizmente, não para mim. Outro dia, a rue de St-Guillaume foi ocupada por um movimento grevista, a greve mais simpática que já vi na vida: greve dos coletores de impostos. Curiosamente, eu pensava que estava olhando para o norte quando olhava para o sul. Reperdi-me incrivelmente nessa rua de apenas duas quadras. Saudade.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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