A economia da cultura é uma tendência da sociedade globalizada. Ela já responde por 7% do PIB mundial. Os produtos culturais são o principal item da pauta de exportações dos Estados Unidos, respondendo por 7,7% do PIB e por 4% da força de trabalho desse país. Na Inglaterra ela representa 8,2% do PIB e 6,4% da força de trabalho.
No Brasil, é um setor em franca expansão. Os números da era Lula são espantosos:
- o número de lojas de discos e dvds cresceu 74%;
- o de salas de cinema 20%;
- o de salas de espetáculo 55%;
- o de museus 41%
- o de bibliotecas 17%.
É um crescimento notável, mas ainda é precário – o que dá idéia do potencial do setor. Por exemplo:
Apesar do crescimento, apenas 8,7% das cidades brasileiras têm sala de cinema. Já as videolocadoras estão em 82% das cidades brasileiras, mas o número de filmes brasileiros distribuídos equivale a apenas 1décimo da produção nacional.
Outro exemplo é o caso das rádios comunitárias. 49% dos municípios brasileiros possui rádios comunitárias – enquanto apenas 34% têm FMs e 21%) tem AMs. Mas isso é muito pouco (todos os municípios deveria já ter rádios comunitárias; na verdade duas ou três) e, além disso, falta mais conteúdo para elas. Na prática, muitas funcionam e se pensam como FMs menores, deixando de exercer, plenamente, seu potencial.
Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Cultura juntamente com o IPEA a atividade cultural mais presente nos municípios brasileiros é o artesanato (64,3%), seguida pela dança (56%), bandas (53%) e a capoeira (49%).
Os festivais apresentam-se como a mais dinâmica forma de difusão cultural no país: 49% das cidades contam com festival de cultura popular, 39% com festival de música, 36% com festival de dança, 26% com festival de teatro e 10% com festival de cinema.
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