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O que a PNAD mostrou sobre o mundo do trabalho

  • 43,1% da população ocupada tem pelo menos o ensino médio completo, contra 33,6% em 2004.
  • Os trabalhadores com nível superior completo representavam 11,1% do total, frente a 8,1% em 2004.
  • 42,9% da população ocupada trabalhavam em atividades de serviços.
  • De 2004 a 2009, caiu o percentual de pessoas trabalhando nas atividades agrícolas (de 21,1% para 17%).
  • No mesmo período aumentou, minimamente, o percentual de pessoas trabalhando na indústria (de 14,6% para 14,7%) e no comércio (de 17,3% para 17,8%).
  • A alta do número de vagas abertas no setor da construção civil, de 2004 a 2009, foi de 6,3% para 7,4%.
  • Já nos serviços foi de 40,4% para 42,9%.
  • Mais da metade da população trabalhando é formada por empregados (58,6%), enquanto 20,5% é formada por trabalhadores por conta própria, 7,8% por trabalhadores domésticos, e 4,3% por empregadores.
  • Os demais 8,8% são trabalhadores não remunerados (4,6%), trabalhadores na produção para o próprio consumo (4,1%) e na construção para o próprio uso (0,1%).
  • Entre os 54,3 milhões de empregados, 59,6% (ou 32,3 milhões) tem carteira de trabalho assinada, 12,2% eram militares e estatutários e 28,2% não tinham carteira de trabalho assinada.
  • O Sudeste tinha o maior percentual de trabalhadores com carteira de trabalho assinada (67,3%) e o Norte, o menor (42,4%).
  • A participação dos trabalhadores com carteira entre os empregados cresceu em relação a 2004 (quando era de 54,9%), enquanto a dos sem carteira caiu (era 33,1% em 2004).
  • Há 7,2 milhões de trabalhadores domésticos no país, e em relação a 2008, o contingente cresceu 9%.
  • No mesmo período, houve crescimento de 12,4% (ou mais 221 mil trabalhadores domésticos com essa garantia trabalhista) no número de trabalhadores domésticos com carteira assinada (2,0 milhões).
  • Entre 2004 e 2009, enquanto o contingente de trabalhadores domésticos cresceu 11,9%, o de trabalhadores domésticos com carteira aumentou 20%.
  • 16,5 milhões de trabalhadores são associados a algum sindicado, o que representa 17,7% da população ocupada. Houve uma redução de 1,9% em relação a 2008, quando o percentual foi 18,2%.
  • A região Sul tem o maior percentual de trabalhadores sindicalizados (20,7%) e a região Norte, o menor (14,1%).
  • O número de trabalhadores contribuintes do instituto de Previdência, por outro lado, continua aumentando. Em 2009, cerca de 49,6 milhões de trabalhadores, 53,5% do total da população ocupada, contribuíam para a Previdência, em 2008, eram 48,1 milhões (52,1%) e em 2004 o percentual era de 46,4%.
  • O nível de ocupação infantil está, felizmente, em declínio. Havia 5,3 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos de idade em 2004, 4,5 milhões em 2008 e 4,3 milhões em 2009.
  • Cerca de 123 mil deles eram crianças de 5 a 9 anos de idade, 785 mil tinham de 10 a 13 anos de idade e 3,3 milhões de 14 a 17 anos de idade.
  • A região Nordeste apresenta a maior proporção de pessoas de 5 a 17 anos de idade ocupadas (11,7 %) e a Sudeste, a menor (7,6 %).
  • Das pessoas de 5 a 17 anos de idade ocupadas, 34,6% estavam em atividade agrícola e 9,4% produziam para o próprio consumo ou na construção para uso próprio.
  • O rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas de 5 a 17 anos de idade ocupadas aumentou de R$ 262, em 2007, para R$ 269, em 2008 e R$ 278 em 2009.
  • O rendimento médio mensal de trabalho cresceu 2,2% entre 2008 e 2009, subindo de R$ 1.082 para R$ 1.111.
  • Embora tal crescimento seja maior que o observado entre 2007 e 2008 (1,7%), ficou abaixo dos percentuais registrados entre 2006 e 2007 (3,1%) e 2005 e 2006 (7,2%). O quarto ano consecutivo de alta nesse índice, entretanto, não o faz o maior da série: em 1996, o rendimento do trabalho somava R$ 1.144. Mesmo assim o ganho acumulado desde 2004 alcançou 20%.
  • Na comparação com 2008, o maior crescimento médio mensal de trabalho ocorreu no Norte (4,4%), atingindo R$ 921; seguido por Sul (3% - R$ 1.251), Nordeste (2,7% - R$ 734) e Sudeste (2% - R$ 1255). Única região a registrar queda do rendimento médio mensal real do trabalho, o Centro-Oeste (-0,6%) continuava com o maior valor: R$ 1.309.
  • Entre 2008 e 2009, o Índice de Gini para os rendimentos de trabalho no Brasil recuou de 0,521 para 0,518 (quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição dos rendimentos). Em 2007, este índice era de 0,528 e, em 2006, de 0,541.
  • O rendimento médio domiciliar ficou em R$ 2.085, com ganho real de 1,5% em relação aos R$ 2.055 verificados em 2008.
  • Entre 2004 e 2009, o aumento acumulado somou 19,3%.
  • Como o crescimento foi mais intenso nas classes de rendimento mais baixas, houve queda no indicador de concentração, fazendo o índice de Gini recuar de 0,514 para 0,509. O Norte foi a única região a ter aumento do índice no período, de 0,477 a 0,491.

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