O conservador Aníbal Cavaco Silva, do partido Social Democrata, foi reeleito ontem presidente de Portugal. Ele teve 53,3% dos votos válidos, cerca de 2.230.104 de votos, um número inferior aos 2.773.431 votos que recebeu há cinco anos.
O notável foi a abstenção: apenas 52,8% dos 9,6 milhões de cidadãos com direito a voto compareceram às urnas.
O principal adversário, Manuel Alegre, do Partido Socialista, atingiu 19,75%, quando há cinco anos teve 20,74%. Os outros candidatos foram Fernando Nobre, que atingiu 14,10%; Francisco Lopes com 7,14%; José Manuel Coelho com 4,5% e Defensor Moura com 1,57%.
A vitória do economista Cavaco Silva sobre seu maior oponente, o candidato socialista, já era esperada por analistas políticos, devido à insatisfação dos portugueses com o plano impopular de austeridade fiscal encampado pelo governo socialista do primeiro-ministro, José Sócrates.
Portugal enfrenta a pior crise econômica de sua história, com um índice de desemprego superior a 10% e um endividamento que leva analistas econômicos a preverem que o país necessitará pedir auxílio à União Europeia e ao FMI.
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