A TV Cultura e a Rádio Cultura são emissoras públicas, e não estatais. Por essa razão soam temerárias as negociações para que ela passe a transmitir, no Pará, a TV e Rádio Senado, tal como foi divulgado ontem, pela imprensa.
Além disso, cabe considerar que a estrutura existente já é precária. Falou-se em "compartilhamento" da programação. Como fazê-lo sem afetar: a) o acordo com a Rede Brasil? b) a programação local? c) a precária estrutura de transmissão? d) as funções do corpo funcional?
Quando, antes, governava o Pará, o PSDB firmou convênio com as ORM por meio do qual abria mão de seu direito de transmitir programação local e, ainda por cima, pagava por isso. Agora, procura firmar um convênio com a TV Senado que é no mínimo supreendente. Estranha mania de diminuir a Funtelpa... Bizarra compreensão da comunicação pública...
Qual o interesse por trás desse convênio? Livrar-se de um problema? Diminuir as horas de programação da Rede Brasil?
Comentários
Fabrício Queiroz
pelo que foi informado, o convênio entre tv senado e funtelpa não insere programas da tv senado na grade da funtelpa, que vai continuar como está. O que a Funtelpa vai fazer é permitir que a tv senado instale suas antenas na torre da funtelpa e seu transmissor na sede da mesma sem custos operacionais para a funtelpa. A tv senado ganhou um canal aberto para funcionar em Belém.Não entendo também a preocupação com relação aos senadores, ou vocês esquecem que a senadora marinor é do psol? o que o professor fábio deveria explicar é pq não fizeram este convênio no governo em que ele foi secretário de comunicação.Ou a tv senado é desimportante para a populaçao?
É por aí...
É preciso esclarecer como fica a grade da TV Cultura e o ônus de toda a operação. É preciso não confundir TV pública com TV estatal.
Por que é preciso fazê-lo? Porque o governador Jatene e o PSDB têm um histórico precário na maneira como usaram a Funtelpa. Lembre-se do convênio com as ORM.
A sociedade paraense precisa ficar atenta e indagar, sim, sobre o que está sendo feito e como está sendo feito.
Em relação aos senadores: os dois mandatários do PSDB nunca defenderam o estado do Pará, como é sua função, mas os interesses político-partidários do seu partido.
E sua fala pública não tem consistência: é puro jogo de mídia. Não é política, é mídia.
Fora tudo isso, adoro a TV Senado e acho ótimo que ela tenha ganho um canal aberto no Pará. E, respeitadas as funções públicas e estatais, não vejo problema em que ela partilhe da estrutura da Funtelpa para fazer suas transmissões.
Desde que, claro, isso não signifique ceder suas grade pública e onerar os gastos do estado.
Mas, caro, o problema não é esse...
1-o convenio nao onera a funtelpa.a operaçao de instalaçao de equipamentos e manutençao sera da tv senado
2-a tv senado tera um canal aberto,portanto nao precisara da grade da tv cultura
3-este é um convenio padrao igual ao que o governo petista do acre celebrou com a tv senado
Tudo isso foi divulgado na imprensa,amado mestre.
Agora,se o sr gosta tanto da tv senado pq nao trabalhou para que ela fosse instalada durante a sua gestao na secom?pedidos nao faltaram
Marcos.
A TV Senado não tinha concessão aberta no Pará, minha cara, simples... Aliás, nunca procurou o governo para isso...
É vc que está esclarecendo, mas o governo não esclareceu. Só falou por meias palavras. Como se estivesse escondendo o jogo... Se vc assinar, ficará mais claro fazer essa defesa, pense nisso.
Porfim, com a história pregressa de convênios que envolve o governo do PSDB, é preciso ter cautela!
Ou não?
Desencarnar não é virtude paraense.
Abcs.
A Funtelpa é um caso difícil, porque imiscui o público ao estatal. Um caso tão difícil que macula reputações. Não substime a professora Regina Lima.
È nesse ponto que questiono se esse programa não vai servir apenas para dar voz aos senadores paraenses filiados ao PSDB.
Fabrício Queiroz