Uma notícia foi produzida para o fim de semana: a de que o TRE tornara a ex-Governadora Ana Júlia, bem como Anivaldo Vale, candidato a vice-governador, em sua chapa, nas eleições de 2010, inelegíveis.
Produzida é a palavra certa, pois a notícia não era verdadeira. Era mais um factóide, um fato conscientemente alterado, uma inverdade, uma mentira, explorada pela imprensa para gerar um impacto com objetivo eleitoral, político e econômico.
O TRE, conforme nota divulgada pelo advogado da ex-Governadora, João Batista Vieira dos Anjos, lhe aplicara, em verdade, uma multa. E multa não é a mesma coisa que " inelegível".
Mas o coro dos jornalistas alinhados com os opositores da ex-Governadora rapidamente fizeram seu estardalhaço a respeito.
Meu vizinho comentou comigo: "É a festa das hienas!".
Em verdade, é o padrão de jornalismo mais recorrente que se tem feito no Pará: o jornalismo do interesse partidário. Em alguns casos, do interesse ideológico. Sim, porque para alguns, que simplesmente não gostam do PT, nem vale à pena checar os fatos, se a notícia for " negativa" para o PT.
Achei engraçado quando li, hoje, alguns deles dando suas explicações. Forjando desculpas, vociferando insultos para encobrir seus erros e suas omissões. Um deles comete a indelicadeza de chamar a ex-governadora de Ex-Excelência. Desrespeitoso, não? Sim, e mesquinho também.
Estratégias retóricas para desviar a atenção da mancada cometida e salvar reputações. Que jornalismo precário! Feito de omissão e ignorância.
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Luísa.