Algumas vezes utilizo a expressão “quadro de pensamento”, desenvolvida por Max Weber, para explicar esse processo. Com essa expressão, poderia compreendê-lo como um feixe de significações, códigos, operadores de sentido. Ou como a vontade, utopista, de um desejo de ser, um processo de sedimentação do sentido comum que coisifica o mundo, transformando-o, levando-o ao encontro de um projeto intuído.
Tratar-se-ia de um ideal-tipo, um projeto, uma vontade comum, cujo mote central é a noção de identidade amazônica – análoga à de cultura amazônica.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de
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