Em Curitiba o PT venceu com um projeto enviesado, e sai
traumatizado.
Explico: a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann obrigou
o partido local a abrir mão de candidatura própria para apoiar a de Gustavo
Fruet (PDT) – que só chegou ao 2o turno no último minuto.
Com a manobra, Gleisi e o marido, o também ministro Paulo
Bernardo, saem na frente do governador Beto Richa (PSDB) na disputa pelo governo
do Paraná em 2014. Não apenas por emplacarem seu candidato mas também por
imporem ao tucano uma derrota considerável, expurgando para o 3o
lugar o seu pupilo e atual prefeito, Luciano Ducci (PSB).
Para os planos de Gleisi e Bernardo, até mesmo a vitória do
adversário de seu candidato, Ratinho Junior (PSC), não será uma derrota.
Porém, derrota há: e é no seu próprio partido.
As bases
partidárias e a militância saem do processo imensamente frustrados. Duas
questões surgem daí: Cleisi e Bernardo conseguirão unificar o partido e superar
esses traumas, em 2014 e – a mais importante – o esforço político e o tempo que
gastarão em fazê-lo vai comprometer a execução de suas tarefas no governo
Dilma?
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