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Conjunturas 2


“Se houver eleição...”, dizia meu amigo.
Sim, evidentemente. Porque os sinais de que podemos não ter eleições são muito grandes e a única coisa capaz de garanti-las seria, repito o que disse antes, a mobilização popular.
Sem desconsiderar a importância, vital, da mobilização popular convocada pelos movimentos sociais e partidos político, ousaria dizer, no entanto, que é igualmente importante a mobilização popular não-partidarizada.
Explico: se quem vier para as ruas for a sociedade civil, com a participação, mas não a liderança, dos partidos de esquerda, rompe-se com o trunfo mítico do bloco golpista: a ideia que esse bloco faz do que é "apoio social".

Além disso, se houver mobilização nitidamente liderada por partidos de esquerda e sem um afluxo maior da sociedade, a resposta será, possivelmente, a repressão imediata e dura e um possível esgotamento do movimento. 

Às vezes desconfio que a melhor maneira de acabar com a temporada conservadora e fascista aberta pelas jornadas de junho 2013 é com jornadas semelhantes: uma massa anódina, amorfa, burra e esquizoide que dê impressão, às classes conservadoras brasileiras, de que elas possuem, enfim, uma militância.

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