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Nobel 2020 de literatura - observação geopolítica

O Nobel de literatura deste ano coube à norte-americana de ascendência judaico-húngara Louise Glück. Aos 77 anos, a poeta, ensaísta e professora da Universidade de Yale, tem uma trajetória de premiações importantes: Pulitzer, Bollingen, PEN, Lannan, National Book Critics Circle Award, Academia Americana de Poetas e a Medalha Nacional de Humanidades. Não a conhecia e não a li, mas como gosto visceralmente de literatura, fui procurar saber de quem se tratava. Glück iniciou sua carreira em 1968 e foi aclamada com The Triumph of Achilles, de 1985. Outra obra importante é Averno, de 2006. 

Na geopolítica do Nobel – sim, geopolítica, pois nem sempre a literatura é o fator preponderante na atribuição no Nobel de Literatura – é a 13o premiação de um autor norte-americano, contra 15 franceses, 12 britânicos, 8 suecos e 8 alemães. 

O prêmio é mais conhecido pelos que não o receberam do que pelos que o receberam, pois ignorou obras como as Leon Tolstoi, Marcel Proust, Virginia Woolf, James Joyce, Franz Kafka, Jorge Luis Borges, Vladimir Nabokov, Carlos Drummond de Andrade, Simone de Beauvoir e muitos outros. Sem demérito à nobelizada Glück, é preciso levar tudo isso em conta. Antes de ler sua obra.

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