Retomo os posts após alguns dias de ausência. Tive de me dedicar à finalização de um artigo que exigiu mais fôlego, mas aqui estamos. E preocupados com os rumos da Confecom, a Conferência Nacional de Comunicação. A falta de financiamento e de mobilização a ameaça e podemos perder a oportunidade histórica de, pela primeira vez na história do Brasil, ir a fundo na discussão sobre o marco regulador da comunicação. Decidi tematizá-la aqui com mais freqüência e advogar um pouco a seu favor, porque a oportunidade é de fato histórica e, ainda que todos saibamos que os resultados dessa conferência serão limitados, em relação a tudo o que dela esperamos, é necessário fazer o possível para torná-la o mais exitosa possível. De fato, quando saí da Secretaria de Comunicação pretendia ter podido continuar me dedicando à Confecom, por sua importância e significação, mas isso não foi possível, por esses ajustes do poder que, para longe de se ajustarem, petrificam os papéis e acabam por dificultar os processos realmente importantes. Porém, sendo necessário que se avance, retornemos à Confecom, como possamos, para ajudar como possamos. Por ela, ou seja, pela comunicação decente e democrática, abro uma nova série de posts, que aqui começa. Vamos explicar e entender a Confecom, com seus processos, seus impasses e tentar desenhar o que, precisamente, está em jogo.
Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa. Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...
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