Vamos explicar as coisas assim:
De um lado está a esquerda democrática, com valores de solidariedade e tolerância. Acreditamos na igualdade e no direito à felicidade de todos e todas, lutamos pela reinserção social, pela diversidade cultural e apostamos na dignidade e no valor dos princípios que fundam a democracia. Acreditamos que o Estado Social, com suas funções sociais (educação, saúde e segurança) e com seu compromisso com a sustentabilidade e a justiça, é o instrumento da manutenção e da evolução de uma sociedade coesa.
Do outro lado está a direita. No Brasil de hoje a direita é representada pelo PSDB e pelo DEM. A direita acredita que o Estado é parte do problema e não da solução, que olha para a sociedade de maneira estratificada e que diferencia as pessoas segundo critérios próprios (e vagos) de capacidades sócio-econômicas e sócio-culturais. Desse outro lado estão as pessoas que entendem que a solidariedade é filha da caridade e que, por isso, recusam ao Estado a responsabilidade sobre a educação, a saúde e a segurança. Estão as pessoas que não acreditam que há deveres partilhados pela sociedade como um todo, estão os que apelam ao individualismo, que colocam na iniciativa privada e na filantropia a solução das desigualdades e da pobreza, que levam a sociedade a uma competitividade desenfreada e dificilmente regulável. Estão os que defendem as leis do mais forte, do mais rico, do mais poderoso.
Comentários
Vc não acha que deveria ser o contrário!? Se vc se torna pragmático em um contexto de "idiotisses"; vc se torna, naturalmente um idiota também, não acha!???...
Aninha Magalhães.
Filosoficamente, a questão que eu gostaria de colocar é a seguinte: Há imperativos de Dever no jogo do Poder?
Ou, dizendo de outra forma: o dever-ser ainda tem sentido diante do poder-ser?