O que caracteriza o NMD é a compreensão de que para se alcançar um desenvolvimento real é preciso conjugar o crescimento econômico com o enraizamento social do desenvolvimento. O componente axiológico dessa estratégia é a redução das diferenças existentes entre os padrões educacionais, sanitários, habitacionais e econômicos que são experimentados pelos diversos segmentos da sociedade paraense e amazônica.
O projeto predador acredita que o crescimento econômico, por si só, é suficiente para alavancar o desenvolvimento e que o papel do Estado, nesse processo, deve ser somente o de criar as condições propícias para que o capital faça seu trabalho. Esse é o velho modelo de desenvolvimento.
Na verdade, isso que estamos falando é apenas a ponta de um imenso iceberg. Há muito mais na profundidade de cada projeto, mas só é possível compreender tudo isso se tivermos em mente que os dois modelos são projetos que se geram de experiências concretas do espaço amazônico. Então, para entender a fundo as duas propostas, os dois projetos, temos que entender as grandes forças históricas que estão por trás deles. Os projetos resultam de interpretações sobre o que são essas forças, resultam de vivências amazônicas.
Por isso, antes de aprofundar a compreensão sobre os dois projetos, vamos entender melhor o que é o espaço amazônico, sobretudo o espaço paraense.
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